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100 da Paramount – da 2º Guerra aos VINGADORES

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Na história da Paramount, foi na época da 2ª Guerra Mundial, a década de 1940, que o estúdio viveu a sua “época de ouro” – o seu faturamento foi fabuloso: US$ 40 milhões. Uma estatuetazinha chamada Oscar ampliou a galeria de prêmios do estúdio. E isso aconteceu porque a empresa se reorganizou com o nome de Paramount Pictures Inc., passando a tarzer para o seus “sets” astros do primeiro escalão de Hollywood, como Gary Cooper, Burt Lancaster e Kirk Douglas

O padre Bing Crosby em O BOM PASTOR e o alcoolatra Ray Milland em FARRAPO HUMANO: obras de arte

É nessa época que surgem os clássicos, como O Bom Pastor (Going my Way, 1944), de Leo McCarey (1896-1969), com Bing Crosby (1903-67), ganhador de 7 Oscar, incluindo os de melhor filme, diretor, ator e roteiro; e Farrapo Humano (The Lost Weekend, 1945), de Billy Wilder (1906-2002), com Ray Milland (1905-1986) e Jane Wyman (1917-2007), um poderoso drama sobre o alcoolismo. Recebeu 4 Oscar, de melhor, diretor, ator e roteiro original, além do prêmio de melhor ator para Milland e o Grande Prêmio do Júri para Wyder no Festival de Cannes daquele ano.

Na chegada da década de 1950, o surgimento da televisão e a decisão da justiça em retirar dos estúdios a posse dos circuitos de cinema, um duro golpe para Hollywood, faz a Paramount produzir poucos filmes marcantes, entre eles, A Guerra dos Mundos (War of the Worlds, 1953), de Byron Haskim, com Gene Barry (1919-2009) e Ann Robinson, 77, a mais brilhante das adaptações do romance de H. G. Wells. A prórpia Paramount faria uma refilmagem, sem brilho, décadas depois.

; a comédia romântica Sabrina (1954), de Billy Wilder, com  Humphrey Bogart (1899-1957) e Audrey Hepburn (1929-93), um dos mais belos filmes do gênero produzidos até hoje; e alguns clássicos de Alfred Hitchcock (1899-1980), como Janela Indiscreta (Rear Window, 1954), com James Stewart (1908-97) e Grace Kelly (1929-82); Ladrão de Casaca (To catch a thief, 55), com Gary Grant e Grace novamente; O Terceiro Tiro (The trouble with Harry, 55), com John Forsyth (1918-2010) e Shirley MacLaine , 79; e O Homem que Sabia Demais (The man Who knew to much, 56), com James Stewart e Doris Day, 89. Em 1957 sai um faroeste vigoroso, Sem Lei e sem Alma (Gunfight at OK Curral), de John Sturges (1910-92), com Lancaster e Kirk Douglas num duelo empolgante, reconstituindo o episódio real, o duelo entre Wyatt Earp Doc Hollidai e os irmãos Clanton.

 

Na década seguinte, o estúdio decai na qualidade dos filmes ao ser adquirida pela empresa petrolífera Gulf + Western, mas mesmo assim produz algumas obras notáveis como o romance Bonequinha de Luxo (Breakfest at Tiffany’s, 61), de Blake Edwards (1922-2010), com Audrey Hepburn e George Peppard (1928-94); o faroeste Eldorado (67), de Howard Hawks (1896-1977), com John Wayne (1907-79), Robert Mitchum (1917-97) e James Caan, 71; o terror, O Bebê de Rosemary (Rosemary’s Baby, 68), de Roman Polanski, com Mia Farrow e John Cassavetes, além de Romeu & Julieta (68), de Franco Zeffirelli, com os jovens e estreantes adolescentes Olivia Hussey e Leonard Whitting.

A BONEQUINHA DE LUXO Audrey Hepburn e O BEBÊ DE ROSEMARY de Mia Farrow

Década de 1970

Voltando a se recuperar financeiramente no final dos anos de 1970, a Paramount iniciou a década com um grande sucesso de público, Uma História de Amor (Love Story, 70), de Arthur Hiller, com Ryan O’Neil e Ali McGraw vivendo uma trágica história de amor saída do best seller de Eric Segal. Nos anos seguintes o estúdio produziu grandes filmes, como os premiados O Poderoso Chefão (72) e O Poderoso Chefão 2 (74), de Francis Ford Coppola, com Marlon Brando, Al Pacino e James Caan, os quais abriram as portas para a exploração da Máfia no Cinema; Chinatown (74), de Roman Polanski, com Jack Nicholson e Faye Dunaway, que revelou um lado sórdido da sociedade estadunidense envolvendo corrupção, incesto e assassinato; e Apocalipse Now (79), obra-prima de Coppola desvendando a violência da guerra do Vietnã. Aquela foi, também, a década de Francis Ford Coppola.

Marlon Brando em O PODEROSO CHEFÃO e o uso do Napalm e APOCALIPSE NOW, de Coppola

O estúdio produziu ainda dois grandes sucessos de bilheteria, a aventura King Kong (76), de John Guillermin, com Jeff Bridges e Jessica Lange, remake do clássico da década de 1930.; e o ótimo e antecipatório Embalos de Sábado a Noite (77), de John Badham, revelando John Travolta e Olivia Newton-John, além de levar para a tela grande as aventuras televisivas do Capitão Kirk (William Shatner) e de sua tripulação em exploração das galáxias  em Jornada nas Estrelas – o Filme (Star Trek – the movie, 79), sob a direção de Robert Wise.

Anos 80

A década de 1980 representou a total recuperação financeira da Paramount. Gigolô Americano, de Paul Schrader, elevou Richard Gere eà condição de ídolo; Gente Como a Gente revelou Robert Redford como cineasta em um drama envolvente; e Sexta-Feira, 13 abriu uma das franquias mais bem sucedidas do estúdio, além de recolocar o gênero terror na pauta de Hollywood. Todos produzidos em 1980.

Ao longo da década a Paramount produziria poucos filmes elevados à categoria de arte, como A Testemunha (85), de Peter Weir, com Harrison Ford revelando a comunidade Irish nos EUA; e o policial Os Intocáveis (87), de Brian de Palma, um dos grandes sucessos da carreira de Kevin Costner, mas acertaria em cheio em obras que seriam muito bem recepcionadas pelo público: Flashdance (80), Caçadores da Arca Perdida (81), Indiana Jones e o Templo da Perdição e o musical Footloose (84), de Herbert Ross, com Kevin Bacon e Lori Singer, Top Gun – Ases Indomáveis (Top Gun, 86), de Tony Scott, revelando Tom Cruise a uma geração ávida por ídolos; Atração Fatal (1987), de Adrian Lyne, com Michael Douglas, Glenn Close e Anne Archer um drama sobre infidelidade que provocou verdadeiro furor com o grande público (arrecadou US$ 320 milhões em escala mundial), além das sequências de Sexta-Feira, 13 e Indiana Jones.

Jason em SEXTA-FEIRA, 13, Jennifer Beals em FLASHDANCE e Harrison Ford, o INDIANA JONES: sucessos

Anos 90

O espiritual Ghost – do outro lado da vida, de Jerry Zucker, com Patrick Swayze e Demi Moore; a aventura Caçada ao Outubro Vermelho, de John McTiernan, com Sean Connery, e a conclusão da trilogia O Poderoso Chefão (90), de Coppola, promoveram uma excepcional abertura de década para a Paramount. Nos anos seguintes, surgiram A Família Addams (91), Jogos Patrióticos (92), Proposta Indecente e A Firma (93), de Sydney Pollack, com Tom Cruise, Jeanne Tripplehorn e Gene Hackman; Forrest Gump – o contador de histórias (1994), de Robert Zemeckis, com Tom Hanks; a aventura Congo, de Frank Marshall, o remake de Sabrina, de Sydney Pollack, com Harrison Ford e Julia Osmond, e Coração Valente, de Randall Wallace, com Mel Gibson, todos em 1995.

Demi Moore e Patrick Swayze em GHOST - DO OUTRO LADO DA VIDA, e Tom Hanks, o FORREST GUMP

No ano seguinte, Fuga de Los Angeles, de John Carpenter, com Kurt Russell, o primeiro Missão Impossível, de Brian De Palma, com Tom Cruise, e o notável A Sombra e a Escuridão (The ghost and the darkness) ainda o melhor filme de Stephen Hopkins, com Michael Douglas e Val Kilmer; em 98, a ficção científica Impacto Profundo, o drama de guerra O Resgate do Soldado Ryan, de Steven Spielberg,  e outra obra notável, O Show de Truman, de Peter Weir, com Jim Carrey, Ed Harris e Laura Linney.

Século XXI

Uma leva de novos sucessos marcou o início do século XXI para a Paramount. Missão Impossível 2, de John Wood, e o fraquíssimo Náufrago, de Robert Zemeckis, com Tom Cruise, abriram a nova década. Nos anos seguintes saíram dos estúdios da Paramount sucessos como Amigas Para Sempre, Fora de Controle (em 2002), o romance Como Perder um Homem em 10 Dias e o thriller de assalto Uma Saída de Mestre, em 2003; o policial Colateral, de Michael Mann, com Tom Cruise, em 2004; a refilmagem de A Guerra dos Mundos, de Steven Spielberg, em 2005; o terceiro filme da série Missão Impossível, o drama musical Dreamgirls e o de guerra A Conquista da Honra, de Clint Eastwood, em 2006; o policial Zodíaco, de David Fincher; a aventura O Atirador, de Antoine Fuqua, com Mark Walhberg; e o primeiro Transformers, de Michael Bay; e, em 2008, Homem de Ferro, a aventura Indiana Jones e a Caveira de Cristal, de Spielberg, e, o excelente O Curioso Caso de Benjamin Button, de David Fincher.

Atualmente, a Paramount comemora os sucessos de Missão Impossível – protocolo fantasma, de Brad Bird, que faturou neste ano quase US$ 700 milhões no mercado mundial, o que dá esperança de renovação da franquia; e a ficção científica Os Vingadores, que já ultrapassou os US$ 600 milhões no mercado doméstico e US$ 841,1 milhões no circuito internacional. Sem esquecer a animação Madagascar 3 – os Procurados, um dos grandes sucessos da Dreamworks Animation, a sua grande parceira na área de entretenimento infantil que, em cartaz, está chegando a casa dos US$ 500 milhões em arrecadação mundial.

 

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